sábado, 29 de setembro de 2012

Hurt Me, Love!

O amor machuca. Machuca mais que um esfolão ou um braço quebrado. O amor machuca por dentro, te engole aos poucos. Domina e consome. Um coração partido, uma pessoa fria. Uma decepção, muitas desilusões. O que não é claro é que aqueles beijos na chuva de filmes dramáticos e românticos não existem. Não há feitiços a serem quebrados depois da meia-noite. Não existe bruxa que faça poções do amor e muito menos príncipes que enfrentem dragões por causa de nós, donzelas. Mas, claro... Sempre há um inocente perdido, alguém vindo direto dos contos de fadas. Aquele que está saindo dos contos para a realidade. Na primeira desilusão, diz que será mais forte na próxima ou ainda tenta persistir na mesma. E, assim, se magoa inumerosamente sem saber se pode ou não fugir daquele ciclo.
Ferido pelo amor, tenta mais algumas vezes se permitir ser feliz. Mas logo desiste chegando à conclusão de que tudo o que vivera até agora era uma farsa, que nada daquilo existe nem nunca existiu. Que toda a lenha que colocavam, desde criança, em sua mente, sobre o amor ser as mil maravilhas, se queimaria com todo o álcool desse mundo podre. O mundo joga o álcool e o amor, o fogo. O calor queima até consumir uma boa parte da humanidade daquele coração ainda-não-cicatrizado. Então, chega o frio e congela o que restou. Ciclos viciosos vão se formando... Nada, nem ninguém, completa aquele... Aquele espaço sempre será desse jeito... Vago. Com o passar do tempo a dor se auto-anestesia. Aos poucos aquele mesmo álcool faz com que o gelo se derreta... Seu músculo ganha outra chance e você se joga em queda livre, mais uma vez. Você se joga em queda livre todas as vezes. Mas a questão é se você usou ou não a maldita corda de segurança. Às vezes esquecemos. Às vezes fazemos de propósito. Por quê? Necessidade. De quê? Compreensão. Afeto. Carinho. Amizade. Sei lá! Cada um com o seu motivo, problema, complicação... Mas uma coisa que aprendi... Quando há suor e borboletas envolvidas... Não se pode procurar por lógica. Apenas aproveitar enquanto dura, porque nada dura para sempre.