segunda-feira, 19 de agosto de 2019

O Iluminado

Finalmente li esse clássico. E, sinceramente... Genial! Do início ao fim. Genial, genial, genial. Nunca fui muito de ler terror, sempre fui mais do romance, drama e algumas vezes até tentei fugir pro gênero policial, mas não deu muito certo. "O Iluminado" foi o segundo livro de terror que li, sendo "Saco de Ossos", também do King, o primeiro. E me disseram que comecei grande, com o padrão elevado, que após Stephen King fica difícil gostar de outros escritores de terror, coisa que com o término das leituras eu não discordei. O cara é realmente muito fera!
Já existem muitos reviews desse livro na internet, então vou tentar falar mais da experiência que eu tive do que da história, que é algo que possivelmente muita gente já conhece. Pra quem só conhece o filme: continua lendo porque o livro é bem diferente do filme e talvez eu consiga te convencer a ler mesmo já conhecendo bastante do enredo. 
Todo mundo sabe que a maioria dos filmes acabam ficando diferentes dos livros, mas sobre "O Iluminado" eu não imaginava que fosse tanto. Tive muitas surpresas ao longo da leitura, além de só as características físicas dos personagens, o que foi me cativando cada vez mais. 
Gosto de ler antes de dormir, até ficar com sono, porém essa obra tornou meu sono difícil. Não por  ficar com medo (talvez mais pro final eu tenha ficado assustada, sim), mas porque eu começava a ler com a intenção de ler um capítulo, às vezes até menos, e acabava virando a noite simplesmente por não conseguir parar. A escrita é muito fluida, o desenvolvimento dos personagens, a descrição dos acontecimentos, a evolução do próprio terror é muito sutil, porém quando as coisas começam a acontecer tu sente aquele incômodo, aquele medo misturado com agonia e curiosidade do que vem em seguida, mesmo que tu já tenha assistido o filme, que foi o meu caso. A escrita é tão boa que vicia. Eu li compulsivamente e quando precisava fazer outras coisas, ficava pensando no livro e nos personagens. Às vezes até criava teorias! Comecei a falar com o Anderson (meu namorado) sobre as divergências entre o filme e o livro, sobre o que eu tava gostando mais até então em cada uma das mídias, enfim. Convenci ele a ler. Agora ele ta quase na metade do livro e já me disse que ta curtindo bastante também.
O livro "O Iluminado" é recheado de terror psicológico, uma pitadinha de horror, suspense e drama. Não deixando a desejar em nenhuma destas, sabendo dosar bem suas quantidades. Tu deve ta pensando "é fácil de te impressionar, tu é leitora de primeira viagem, já que não conhece muito de terror". Mas vou ter que discordar de ti! Sou muito exigente. Apesar de não ter um repertório extenso em leituras de terror, eu já li muitos livros, então sei perfeitamente quando o escritor sabe o que ta fazendo e quando ta tentando me empurrar uma história mequetrefe goela abaixo. No caso de Stephen King, a gente nitidamente não só vê, mas como também sente o que ele queria passar quando escreveu a história. Ele não se enrola. É direto quando necessário e meticuloso do mesmo modo. O escritor conseguiu me fascinar. A escrita dele é deliciosa. Estou no terceiro livro dele. Acho, inclusive, que já posso começar a me considerar fã do cara.
Agora, depois de "Saco de Ossos" e "O Iluminado" finalizados, to lendo o que podemos chamar de "O Iluminado 2", que na verdade se chama "Doutor Sono". Vai ter um filme desse livro e quis me adiantar! Quero já ter lido quando for assistir no cinema, pra ter uma experiência diferente dessa vez. Vamos ver se o famoso rei do terror consegue manter meu interesse.



terça-feira, 13 de agosto de 2013

Privilégio

"Somos minoria", ele disse com um notável incômodo em suas palavras.
"Gosto de ser minoria", ela rebateu. "Significa que sou diferente o suficiente para não pensar igual aos outros, que têm pensamentos padrões".
"O que é um tipo de pensamento horrível, a meu ver", insistiu o rapaz. "A pessoa tem que ser ela mesma, independente se está pensando em conjunto ou não".
Sem pestanejar, a garota respondeu com um sorriso nos vermelhos e carnudos lábios. "Com toda a certeza! E é exatamente isso que NÃO acontece", riu. "As pessoas deixam de serem elas mesmas apenas para serem aceitas em alguma situação, grupo e/ou local. Eu sou eu mesma independente de tudo isso. A minoria faz isso", fez uma rápida pausa e prosseguiu, ainda sorrindo. "Eu gosto de fazer parte da minoria."

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Desabafo

Na fila do supermercado, o caixa diz a uma idosa:
- A senhora devia trazer suas próprias sacolas para as compras, os sacos plásticos não são amigáveis ao meio ambiente.
 A senhora pediu desculpas e acrescentou:
- Não havia essa onda verde no meu tempo.
 O empregado respondeu:
- E esse é exatamente o nosso problema hoje, minha senhora. Sua geração não se preocupava com nosso meio ambiente.
 - Você está certo - ela assumiu - ninguém pensava nisso. Naquela época, as garrafas de leite, de refrigerante e de cerveja vazias eram levadas à loja, que as devolviam à fábrica. Lá, eram lavadas e esterilizadas antes de cada novo uso.
"Realmente não nos preocupávamos com o meio ambiente no nosso tempo... Subíamos a outros andares em prédios de lojas e escritórios porque não havia escadas rolantes. Caminhávamos bastante ao invés de usar nosso carro de 300 cavalos de potência quando precisamos ir a dois quarteirões.

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Adeus!

"Você não me amava, apenas gostava da minha presença quando todos te deixavam. Apenas gostava de ver que alguém realmente se importava com o seu bem-estar. Apenas gostava do modo que eu te tratava; como ninguém nunca te tratou. Apenas me pedia para ficar, pra não perder aquela pessoa que não se importava em se entristecer pra te ver sorrir. Apenas se sentia importante quando via que, um dia sem você, era muito tempo pra mim. Mas e eu? Eu sempre amei de verdade, desde o início. Talvez, esse foi o meu erro, ter colocado sentimentos demais, onde não deveria existir NADA!"

Assim sendo, eu Thomaz, me despeço deste espaço.

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Desconectando...

Brinquei de boneca depois de grande. Também fui motorista de corrida, espadachim e até musicista. Fui criança arteira brincando com lembranças. 
Tomei um cansaço dos pirralhos de verdade, mas consegui acompanhar!
Minha criança interior adorou acordar, adorou brincar. Com dezoito anos não pegamos mais bonecas, nós não desligamos do wi-fi. É gostoso ser criança. É gostoso voltar a ser criança. E é ainda mais gostoso não ser criança, mas poder ensinar um pequeno sobre algo que você aprendeu quando pequena. Por mais irritante que algumas perguntas possam ser, é gostoso ter respostas e ajudar no conhecimento de um piá.
Depois de tanto tempo no wi-fi, perdi minha conexão. Estou reaprendendo o que é a vida fora da internet.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Amour, la amour

Não quero nada disso que tivemos nos últimos tempos.
Eu te quero.  E te quero por inteiro.
Quero tanto o teu lado bom e alegre como o ruim e o triste.  Deixa eu roubar pra mim toda a tua dor? Deixa eu te completar e te fazer bem?  Diz que deixa?
Eu te amo.
Não quero mais derrubar lágrimas por coisas ruins.  Quero gargalhar tanto que as lágrimas se tornarão felizes.  Quero roubar tua dor e transformá-la em felicidade convertida.
Eu te amo.
Amo a ponto de ser capaz de lutar contra tudo por isso.
Minha família fica quase em segundo plano, eu te juro.  Só quero que sejamos felizes. Não quero mais dor ao nosso lado. Sinto nosso amor e enxergo nosso futuro.
Ah! Como eu te amo...
As coisas se tornarão quase perfeitas.
Imagino a toalha molhada em cima da cama e a gente brigando por isso, seguido de sexo ardente. Imagino uma leve briga por eu não saber cozinhar e tu ter que fazer várias comidas das quais iremos comer e rir sobre algum assunto qualquer durante a janta.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Trivial

Cozinha. Prato. Garfo. Faca. Comida. Banheiro. Dentes. Maquiagem. Quarto. Blusa. Calça. Tênis. Skate. Mochila. Rua. Celular. Música. Twitter. Ônibus. Praça. Meio da rua. Água. Descanso. Curso. Meio da rua. Colégio. Cansaço. Celular. Música. Twitter. Rua. Parada. Ônibus. Casa. Quarto. Mochila. Skate. Banheiro. Privada. Chuveiro. Quarto. Roupa íntima. Camisetão. Shorts. Cozinha. Prato. Colher. Faca. Comida. Quarto. Computador. Cama. Livro.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Matar-nos, vamos

Como qualquer tarde comum, a lâmina chamava. Gritava e tentava seduzir. Será que vai doer muito? Será que doerá mais do que a ferida que era contida em seu peito? Medo. Muito medo de achar bom o suficiente e não conseguir parar. Não, não era medo de se machucar. O machucado já estava aberto tempo o suficiente para acostumar-se com qualquer tipo de dor. 

"As coisas erradas são tão sedutoras..."

sábado, 29 de setembro de 2012

Hurt Me, Love!

O amor machuca. Machuca mais que um esfolão ou um braço quebrado. O amor machuca por dentro, te engole aos poucos. Domina e consome. Um coração partido, uma pessoa fria. Uma decepção, muitas desilusões. O que não é claro é que aqueles beijos na chuva de filmes dramáticos e românticos não existem. Não há feitiços a serem quebrados depois da meia-noite. Não existe bruxa que faça poções do amor e muito menos príncipes que enfrentem dragões por causa de nós, donzelas. Mas, claro... Sempre há um inocente perdido, alguém vindo direto dos contos de fadas. Aquele que está saindo dos contos para a realidade. Na primeira desilusão, diz que será mais forte na próxima ou ainda tenta persistir na mesma. E, assim, se magoa inumerosamente sem saber se pode ou não fugir daquele ciclo.

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Jeito de Saudade

Saudade daquelas amizades que, agora, aparentam estarem esquecidas. Saudade de algumas horas falando bobagem, outras nem tanto. De dormir na casa de algumas amigas e de fugir com outras. De acampar no meio do quarto com uma barraca iglu, de ter histórias engraçadas e que são totalmente sem sentido fora de contexto...
Sinto saudade de ser criança, saudade da inocência,  de ter medo de escrever a caneta, errar e a professora xingar. Falta daquela não-responsabilidade sem nenhuma punição.
Saudade de brincar de esconde-esconde onde a seleção se baseava na brincadeira "... senão vai fechar o abacaxi".
Daquela época onde falar palavrão era feio, andar na rua depois das 22h era quase que extremamente proibido e que brincar de barbie não era vergonha aos 10 anos. Andar de bicicleta e brincar de polícia e ladrão sem ser chamada de criançona...
Saudades de ouvir uma história antes de dormir! De descer a lomba da praça, feita de grama, com papelões mutantes. De acordar e ver desenhos animados, sentada na sala com a companhia do meu super-cobertor, de manhã cedinho; onde os desenhos violentos eram mal vistos e quase nem vistos.